Como funciona a canábis em Israel


A israelense Hagit Yagoda luta pelo direito de se tratar com canábis.

Ela foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin há 30 anos e usou canábis para se tratar.

Este é o certificado que recebi em 1987. Éramos dez pessoas em Israel reconhecidas para um tratamento com canábis para aliviar a dor e aliviar a doença e, para a minha sorte, eu era a mais nova, então sobrevivi para contar. Sou conhecida pelo público já há seis anos, desde que comecei a luta pelo reconhecimento da canábis como tratamento. Lutei contra o sistema, plantei canábis em vários lugares para chamar a atenção para nós. E abri o caminho para mim e para muitas pessoas para que estudassem como tratar de si mesmas, como lutar por seus direitos, como conseguir o que você quer de acordo com o que você acredita.

Mas o caminho da ativista não foi fácil e ainda há muito a fazer

Eu queria, primeiro, que reconheçam o tratamento com canábis como um tratamento de apoio. Quem deem a oportunidade para quem quiser e pede, receber. Que reconheçam o fato de que a canábis tem vantagens terapêuticas. Que reconheçam o fato de que, se uma pessoa pede algo para si, ninguém tem o direito de dizer a ele “não, não vai receber”. Com toda a problemática do assunto, agradeço muito ao Estado de Israel que o governo encarou o assunto e decidiu organizar as coisas.

Israel liberou o uso de canábis medicinal e aprovou a exportação do produto

Tamir Gedo CEO da Breath Of Life Pharma (BOL)Líder de marcado em canábis medicinal

O Estado de Israel deu um passo especial. O Ministério da Saúde de Israel, alguns anos atrás, assumiu a liderança neste campo em nível global e decidiu não ter medo do que a canábis significa , se referindo não é à maconha e sim às substâncias ativas que derivam da canábis, os canabidoides. É preciso mudar a percepção quando se diz canábis, porque nós não produzimos canábis. Pegamos a canábis e tiramos os elementos ativos, os isolamos e os colocamos em remédios como cápsulas, gotas, xarope para crianças, injeções, inaladores. Realizamos testes clínicos em uma seleção muito grande de doenças para ver a segurança, para ver a eficácia. O objetivo é, eventualmente, tornar a maconha um remédio como qualquer outro.

Miki Ofer Diretor Farmacêutico BOL Pharma

Estamos indo para as estufas onde cultivamos a maconha. Cada coisa aqui, cada cultivo é muito controlado, tanto em termos das substâncias que são introduzidas, quanto em termos de água e controle de inflorescências e a quantidade de CBD e a THC que elas têm. Tudo é controlado, completamente. Nos último ano, todos entenderam que há algo sobre a maconha. Já existem 50 farmácias em Israel que vendem produtos de canábis. Oitenta médicos que prescrevem maconha.

Hagit recebe em casa vários tipos de canábis medicinal

Hagit Yagoda Ativista pró-maconha

Quatro, “Carmel”… – Aí está, aí está… cinco. – Certo. Não tem no carro para trocar para mim, em vez do “Carmel”? Um, dois, três e um “Jerusalém”. Ótimo, a vida é uma coisa feliz, com toda a dificuldade, e eu tenho dificuldade, choro muito, nem tudo é rosa para mim.

Passo muito tempo na cama, com um cobertor sobre a cabeça, tenho noites difíceis e dias difíceis, mas eu tenho canábis. E tenho uma razão para viver e tenho uma família e tenho filhos e tenho um emprego e um cargo. Sei que é tudo graças a esta planta maravilhosa e que ela não existe por acaso. Eu me emociono muito, muito, muito em estar nesta posição e falar sobre isso. E dizer ao mundo todo: quem quer e pensa em examinar a opção terapêutica com a canábis, dê uma chance. Ninguém vai quebrar a sua mão para usar, ninguém vai forçá-lo a fazer algo contra a sua vontade. Apenas vivam, simples assim.

Posts Recentes