Nem só de fumaça vive a maconha. Se você está buscando formas mais saudáveis de consumo da maconha, há diversas alternativas além do tradicional beck: chá, creme, extratos e muito mais. Veja a lista completa abaixo:
Consumidores e entusiastas da erva são algumas das pessoas mais criativas do planeta. É justo que um pouco dessa criatividade seja investida no campo que a inspirou, o consumo de maconha. Se antes ela era vista como a ‘erva do mal’, atualmente este tabu está sendo quebrado como estudos e relatos que comprovam os benefícios da planta, principalmente se aliado ao consumo responsável. Hoje, os consumidores estão em busca de práticas que maximizem esses benefícios para a saúde e minimizem os potenciais danos ou efeitos colaterais de fumar maconha.
CHÁ DE MACONHA
Chá de maconha é perfeito para relaxar após um dia agitado. Para fazer a bebida é necessário o uso de manteiga – caso você queira uma bebida rica em THC, já que o tetrahidrocanabinol não é solúvel somente em água, sendo necessário uma substância gordurosa para aderir. A combinação da alta temperatura da água com a gordura da manteiga extrai o THC.
Se você busca apenas uma xícara de uma bebida quente e quer “chapar”, basta apenas adicionar as folhas e esquentar em água quente, como é feto com uma infusão normal.
COMESTÍVEIS COM MACONHA
Uma alternativa menos explanada que a de fumar um baseado é consumir comida com maconha. Uma tendência cada vez mais popular entre os consumidores para atingir aquela onda máxima é também uma alternativa eficaz para os pacientes que sofrem de dores crônicas.
Se você estiver na gringa, onde as leis da maconha são mais avançadas que aqui, é fácil recorrer a um amplo leque de opções de ‘Edibles’ – comestíveis prontos para o consumo que vão de pirulitos, chocolates, cookies até pipocas ‘aditivadas’.
Já na realidade brasileira, a opção viável é a produção da manteiga, na qual será possível fazer praticamente qualquer comida com maconha, bastando substitui-la pela manteiga tradicional dando um toque psicoativo na receita.
Mas ATENÇÃO: Na ingestão de alimentos à base da erva, a absorção do THC é muita mais lenta que a fumada ou vaporizada, mas os efeitos são mais duradouros e fortes, então vá devagar e não exagere. Caso você não more sozinho, tenha cuidado para que algum desavisado (principalmente as crianças) não consuma por acidente (ocorrendo não se desespere procure um médico e conte o ocorrido). E se quiser saber mais sobre comestíveis temos um artigo completo aqui.
CREME / USO TÓPICO
Ao contrário de outros métodos de consumo da maconha, o uso tópico (pomadas) não te deixará chapado. Logo, os pacientes recebem os benefícios terapêuticos da maconha diretamente através da pele sem a preocupação da fumaça nos pulmões ou sem ficar na ‘onda’ da erva.
Alguns tratamentos atuais com pomadas incluem queimaduras, a elasticidade da pele e até no tratamento de câncer. Além do amplo uso clínico de um creme ou pomada, estes produtos ricos em THC estão sendo usados no tratamento de dores musculares e inflamações em atletas.
EXTRATOS DE MACONHA
Um dos métodos de se usar a erva é através de extratos, que consiste em retirar as substâncias medicinais da maconha usando álcool e toda a planta (geralmente as flores e folhas). O líquido extraído, que pode ser chamado de extrato ou tintura, é ingerido oralmente, colocando algumas gotas em baixo da língua. Os extratos podem ser misturados com chás, iogurtes e outras bebidas, mas a absorção será mais lenta.
SUCOS
Para os consumidores mais preocupados com a saúde, uma tendência é o suco de maconha, uma forma completamente diferente para desfrutar dos benefícios terapêuticos da erva sem ficar na onda. Tão simples quanto ingerir, basta misturar as folhas da planta com vegetais ou sucos de fruta. Desta maneira quem for consumir não precisa se preocupar com o THC, já que o mesmo só é liberado quando a maconha é aquecida. Então aproveite a vontade.
VAPORIZANDO
Cada vez mais habituais, menores e discretos, os Vaporizadores começam a ganhar as rodas de maconheiros, dividindo o lugar com o bom e velho baseado. Os vaporizadores apelam para um consumo mais consciente e saudável comparado ao método tradicional.
Com os Vaps, a maconha não entra em combustão, ao invés disto, ela é cozida na temperatura a escolha evitando as toxinas da queima e elimina até 95% da fumaça produzida, protegendo os pulmões
Estes dispositivos podem vaporizar cera, óleo ou a própria erva, e cada uma das versões tem seus próprios benefícios.
Aos consumidores brasileiros, atenção na hora da compra, um vaporizador que funcione apenas com óleo ou cera não servirá para vaporizar a erva na forma in-natura.
Onde posso ler mais análises de vaporizadores?
Separamos todas as análises que já escrevemos sobre diferentes modelos de vaporizadores nesse post aqui.
Baseado
A inalação de maconha é o método mais comum de consumo. Isso se dá pelo fato de o THC inalado fazer efeito em segundos, dando ao usuário mais controle sobre a dosagem. Ele pode ir sentindo o quanto está sendo afetado pela maconha e controlar a quantidade que precisa para atingir o efeito desejado.
O baseado, é a forma de consumo mais representada na mídia. A preparação do baseado é um ritual comum entre usuários de maconha, tornando-se uma atividade social nas rodas de fumo.
Além disso, a queima da maconha, assim como nos cigarros de tabaco, produz alcatrão. O alcatrão está associado a diversos problemas à saúde pulmonar, como o câncer de pulmão e a enfisema pulmonar.
Esses problemas pulmonares ocasionado pelo fumo da cannabis parecem desaparecer após o fumo ser interrompido, indicando que, possivelmente, os danos sejam reversíveis.
Para usuários frequentes, portanto, o consumo através do baseado não é o mais recomendado, mas há pouca evidência de que seja prejudicial para usuários esporádicos (no caso da saúde pulmonar). Para usuários que já possuam pulmões sensíveis devido a alguma enfermidade, o baseado também não é a melhor forma de consumo.
A cannabis inalada também não deve ser utilizada em conjunto com o tabaco. Fumantes de cigarro devem evitar o fumo da cannabis ou interromper o uso do cigarro. O fumo da maconha aumenta os danos causados pelo fumo do cigarro, podendo antecipar a ocorrência de câncer e outros danos pulmonares graves .
Cachimbos
Os cachimbos são uma opção para os usuários que querem remover as toxinas da seda. Eles também desperdiçam menos cannabis do que o baseado, pois não deixam a maconha queimando enquanto não está sendo fumada (a fumaça que sai do baseado aceso, mesmo quando está parado) e normalmente têm um espaço pequeno onde caiba somente a quantidade de maconha necessária para uma ou duas tragadas de cada vez, com mais fumaça que um cigarro.
Os cachimbos variam em forma, material e qualidade, afetando inclusive o sabor da maconha. A preferência pelo tipo de cachimbo, portanto, varia conforme o gosto pessoal do usuário.
Eles podem ser pequenos e portáteis, sendo quase tão convenientes quanto o baseado para carregar consigo. No entanto, é difícil remover todos os resquícios de maconha após o uso. Carregar um cachimbo no bolso pode ocasionar problemas com a polícia (ainda que a quantidade seja pequena, dificilmente levando a uma prisão, há muitos relatos de pessoas que sofreram abusos de policiais ao serem identificados como usuários) e com a segurança do aeroporto. Nunca carregue um cachimbo usado (mesmo depois de limpar) em uma viagem internacional, mesmo na bagagem despachada. Se for pego, qualquer resquício de maconha pode resultar em uma deportação.
Apesar da remoção do papel, o fumo da maconha através do cachimbo ainda ocasiona a queima da maconha e, portanto, pode causar danos pulmonares.
Cachimbos d’água e Bongs
Esses utensílios possuem um compartimento que pode ser enchido com água. A fumaça é esfriada na água e deixa uma parte do alcatrão no caminho. O produto final é, portanto, “mais limpo” do que a fumaça que provém diretamente da queima da maconha. Um estudo financiado pela NORML e a MAPS, contudo, concluiu que o uso de bongs e cachimbos d’água é, na verdade, contra produtivo. Apesar de reduzir as toxinas, a água também reduz a quantidade de THC da fumaça, fazendo com que usuários tenham que fumar mais para obter o mesmo efeito. O usuário acaba consumindo 30% mais alcatrão do que com um baseado.
Ainda assim, muitos usuários gostam de utilizar o bong pela grande quantidade de fumaça inalada de uma só vez, resultando em um efeito mais potente e mais imediato.